O Ministério Público do Tocantins (MPTO) abriu uma investigação sobre o caso de um idoso de 67 anos que pode ter ficado sem a 2ª aplicação da vacina contra o coronavírus em Palmas. É que ao procurar uma unidade de saúde para receber o reforço do imunizante, Pedro Lopes da Silva ouviu que aplicação já estava registrada em seu cartão.

Apesar de registrada, não foi colocado no documento a data da vacinação. O caso foi registrado nesta sexta-feira (30), no ginásio de uma faculdade particular, onde acontecia uma ação para aplicação das doses. A filha do idoso disse que outros familiares, que receberam a 1ª dose no mesmo dia de Pedro, foram vacinadas normalmente.

Após o caso repercutir na imprensa no fim de semana, o MPTO, por meio da 27ª Promotoria de Justiça da Capital, instaurou procedimento. Para apurar a situação foi requerida ao município cópia integral do procedimento administrativo instaurado pela Secretaria para averiguar o caso, além dos dados do registro da vacina aplicada, cópia do cartão de vacina do idoso, escalas dos servidores do dia em que a vacinação foi registrada e prontuário atualizado do profissional que teria aplicado o imunizante.

O MPTO questionou a Secretaria Municipal de Saúde (Semus) sobre qual será a conduta com relação ao idoso, que diz não ter sido imunizado. O município tem um prazo de 10 dias para se posicionar. Neste domingo (2) Semus afirmou que já tinha conhecimento da situação e que o caso seria investigado. O G1 entrou em contato com a Prefeitura e aguarda um novo posicionamento.

O caso :

A família de Pedro Lopes da Silva denunciou que ele recebeu a primeira dose contra a Covid-19 no mês de março e, ao comparecer nesta sexta-feira (30), para receber o reforço, foi informado pela equipe de saúde, que a segunda aplicação já estava registrada no cartão de vacina. A família diz que o idoso foi embora para casa chateado, sem receber a segunda dose. A Secretaria Municipal da Saúde (Semus) afirmou, em nota, que tem conhecimento da situação e que o caso encontra-se em investigação.

A filha do idoso Rosileia Lopes Da Silva, que mora em Goiânia, está preocupada. “Ele falou que ela [profissional da saúde] pegou o cartão de vacina, fez uma anotação, foi até o computador, e falou que ele já tinha tomado a segunda dose, mas ele não tomou”, disse.

Rosileia disse que há testemunhas. Dois familiares, que moram na mesma fazenda, tomaram a primeira dose junto com o idoso, no mês de março. E nesta sexta-feira, todos compareceram ao ginásio para receber o reforço. Eles conseguiram se vacinar, mas o senhor Pedro não foi imunizado, diz a filha.

A família está preocupada e com medo de Pedro ser diagnosticado com a doença e ficar em estado grave.

By Marrony Gomes

Marrony Gomes, sou um jornalista em busca de aprendizado constante, um pai e esposo dedicado, um cristão comprometido, um fotógrafo apaixonado e um amante do lazer em família.

Sair da versão mobile
%%footer%%